Espécie endêmica do Brasil (Carvalho-Sobrinho, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Jussari e Una —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Iúna, Santa Teresa e Vitória —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Alto Caparaó, Catas Altas, Coronel Pacheco e Marliéria —, no estado do Paraná — nos municípios Antonina, Cerro Azul, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Guapimirim, Italva, Itatiaia, Miracema, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro e Santa Maria Madalena —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Brusque, Florianópolis, Itajaí, Luiz Alves, Rio do Sul e São Francisco do Sul —, e no estado de São Paulo — nos municípios Cananéia, Eldorado, Ibiúna, Miracatu, Nova Odessa e Pariquera-Açu.
Spirotheca rivieri é uma árvore com até 25 m de altura (Parrini et al., 2017), endêmica do Brasil (Carvalho-Sobrinho, 2020). Popularmente conhecida por mata-pau na Bahia e mata-pau-de-espinho (Carvalho-Sobrinho, 2020, Carlos Daniel Miranda Ferreira com. pess. 2021), foi coletada em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) associadas à Mata Atlântica, em diversos estados do Brasil. Apresenta distribuição ampla, EOO=403854 km², mais de 10 situações de ameaças e constante presença em herbários, inclusive com coletas recentes, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Adicionalmente, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, Spirotheca rivieri foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | LC |
Descrita em: Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 6: 162, 1914. É afim de Spirotheca elegans, mas difere pelas flores maiores, com pétalas inteiramente vermelhas; além disso, diferencia-se pelo hábito estrangulador e pela ocorrência em florestas ombrófilas. Popularmente conhecida como mata-pau na Bahia e mata-pau-de-espinho (Carvalho-Sobrinho, 2020, Carlos Daniel Miranda Ferreira com. pess. 2021).
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Campinas - 18 (SP), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, Área de Proteção Ambiental Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual do Jurupará, Parque Estadual do Rio Doce, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional de Caparaó, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Natural Municipal Vale do Mulembá, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela e Reserva Biológica Augusto Ruschi. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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2. Food - animal | natural | flower |
Diversas espécies de pássaros, como beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis), tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), periquito-rico (Brotogeris tirica), cambacica (Coereba flaveola), sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata), saíra-amarela (Tangara cayana), saí-de-pernas-pretas (Dacnis nigripes), saí-azul (Dacnis cayana) e gaturamo-bandeira (Chlorophonia cyanea), utilizam as flores (néctar) como recurso alimentar (Martins, 2017, Parrini e Pacheco, 2014, Parrini et al., 2017, Rocca e Sazima, 2010, Valente et al.,2011). Uma preguiça (Bradypus variegatus) também foi registrada se alimentando das flores de Spirotheca rivieri (Parrini et al., 2017). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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8. Fibre | natural | stalk |
A árvore às vezes é colhida na natureza para uso local de sua fibra, obtida da casca e usada para amarrar (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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10. Wearing apparel, accessories | natural | stalk |
A árvore às vezes é colhida na natureza para uso local de sua madeira, que só é usada para itens de baixo valor, como forros, caixas, brinquedos (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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13. Pets/display animals, horticulture | natural | whole plant |
É extremamente ornamental quando em flor e certamente digno de cultivo (Tropical Plants Database, 2021). | ||
Referências:
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